Em 1934, a linha de ônibus Cascavel-Fortaleza que antes era por Aquiraz, passou a ser feita pela CE-87. Era uma estrada carroçável com trechos em piçarra e areia de tabuleiro. A viagem demorava de 3 horas a mais, sem contar com outros imprevistos no percurso.
O “auto-ônibus” tinha ponto em Cascavel na Praça Marechal Floriano Peixoto, 410 (Rua do Comércio, atual Prefeito Vitoriano Antunes). Como o ônibus saía cedo, se não tomasse café em casa, os passageiros viajavam em jejum. Tinha de haver uma parada na estrada para o café matinal. Miguel Rodrigues de Morais parava em um café na nova estrada, mas em 1935 conheceu o português Álvaro Cunha Oliveira que estava começando com um ponto de café e quis ajudá-lo, deu a preferência começando a fazer a parada do seu ônibus ali.
O café tinha um alpendre ao lado e neste havia um macaquinho preso por uma corrente, muito travesso, que cativava a todos que ali chegavam. Quem ia de Cascavel para Fortaleza ou vice-versa, sempre no meio do caminho perguntava: “Seu Miguel, vamos parar no café macaco?”. E o nome pegou mesmo. O tal café ficou famoso e conhecido por todos que viajavam pela estrada. No início, o dono do café não gostou do nome dado pelo povo. Com a fama do mesmo, não ligou mais. Esta é a história do famoso “Café Macaco”, que desapareceu com o tempo e hoje resta apenas o local.

O português Álvaro Cunha

O português Álvaro Cunha Oliveira iniciou as atividades no Café Macaco, na Estrada da Coluna, em 1935. Mas, era fino alfaiate ao chegar ao Brasil. Morou em Messejana, depois mudou-se para Cascavel. Casou-se com dona Maximina. Residiu em Pindoretama, numa casa localizada na rua que hoje leva o nome de Avenida Capitão Nogueira, onde faleceu. Na foto, da esquerda para a direita: Laura Alves Costa, Nenê Albano, Raimunda Alves de Oliveira, Álvaro, Maximiana e Dunga.
1 Comentários
Ledinildo Azevedo Ledo de Melo
É muito importante guardar a história do nosso povo e da nossa cidade. Cascavel que eu não conheço (Ainda) mora em meu coração desde criança. No colo do meu avô Júlio Ferreira de Azevedo escutava histórias linda e por vezes engraçadas. Meu avô pintou Nossa Senhora . No teto da Igrejz matriz e como estava apaixonado por uma moça da cidade fez o rosto da Santa com as feiçoes da Amada