Antes de 1959, quando a cidade ainda não tinha clube, só havia uma grande festa anual, realizada a 31 de dezembro, no 1º andar da antiga Casa da Câmara e Cadeia Pública, com os presos do térreo sofrendo os horrores da poluição sonora. As festas anuais eram realizadas pela Colônia de Estudantes Cascavelenses em Fortaleza, organização fundada em 1940 pelos cascavelenses que estudavam na Capital, cujos principais nomes foram: Thiago Otacílio de Alfeu, José Alberto Costa Bessa, Gerardo Coelho, Izeu Vale, Rita Braga, Francisco Mansueto de Sousa, Mauro Portela Moreira, José de Queiroz Ferreira e Francisco Adjafre.
O carnaval só chegou à nossa terra no início da década de 1930, numa manifestação pioneira do paraibano (filho de libaneses) Jorge Redeiro e mais dois amigos. Os três, com violas e bombos, fantasiados de branco e com um laço verde no pescoço, incitavam os indolentes circunstantes a acompanhá-los, formando o Bloco da Caninha Verde. Habilidosos nos instrumentos, com boas vozes, e conhecendo algumas marchinhas carnavalescas, rapidamente foram conseguindo adesões, fazendo nascer na cidade as primeiras manifestações mominas. Tomavam de “assalto” as casas dos amigos, cantando, pulando e dançando, ocasião em que eram servidas bebidas alcoólicas tipo licor e cerveja. Depois vieram os papangus, tradição que aos poucos, foi desaparecendo.
Naquela época, somente os homens participavam dos carnavais de rua e eram amaldiçoados pelo vigário, que dizia ser festa do demônio. Dentre os primeiros “atrevidos” estavam: Francisco Malveira da Silva, Lineu Cadete, Alcebíades Rocha, Raimundo Malveira, José Maria Moura, Alfredo Honorato da Silva, Luiz Pereira, Valfrido Xavier, Jonas Xavier, Manuel Antônio da Silva, mais conhecido por “Manel de Pimba”, e outros. O grupo costumava fazer a encenação de um casamento acompanhado por quarenta pares. Com o correr do tempo, a coisa foi ficando animada e começaram a ser realizados os bailes carnavalescos na Casa da Câmara, que passaram a ser prestigiados por toda a sociedade, contando, daí por diante, com a presença feminina.
Carnaval de rua
A partir de 1959, com a criação do Clube recreativo Cascavelense, os festejos ali passaram a ser realizados. De lá para cá surgiram muitos outros blocos desfilando nos três dias do carnaval de Cascavel. Alguns já desapareceram, outros continuam em plena atividade.
Bloco Vai Quem Quer
Fundado em 1965 por Francisco Aires Falcão (25 de abril de 1913 – 7 de junho de 1993), o “Chico da Ana”, na comunidade atualmente como Malvinas. Tinha uma bateria constituída por bombo, cabaça, triângulo, pandeiro, surdo, e também violão. As fantasias eram ao gosto de cada participante, e foi o mais original bloco carnavalesco de nossa história. Entre outros, nele se destacaram: José da Edvirges, Dodó, Valdir do Moisés, José Cleiton Loureiro, Marina Almeida, Paulino José Soares e Gerardo “Pé de cabra”. Foi o primeiro bloco de Cascavel a ter a presença feminina.
O Vai Quem Quer mantém sua tradição de bloco carnavalesco mais original, com fantasias ao gosto de cada participante e cumpre até hoje a sua proposta de arrastar foliões pelas ruas de Cascavel. Com a batida inconfundível e bonecos gigantes que marcam sua passagem, o bloco arrasta foliões cheios de energia e arrebata novos adeptos que se incorporam a esse verdadeiro patrimônio cultural do povo cascavelense.
Há mais de 50 anos, o retrato fiel de uma paixão!
Colincas – Colegas de Infância de Cascavel
Fundado em 1º de janeiro de 1973, por José Luciano Vale Moura, Oleilson Targino de Almeida, Francisco Ribeiro de Oliveira, Marcos de Queiroz Ferreira, Antônio Batista Filho, Maria Renilde Irineu de Araújo, José Maria Soares, Antônio Francisco Soares e Evânio Reis Bessa, era uma entidade social e carnavalesca formada por colegas de infância de Cascavel, tendo como lema “melhores somos quanto menos somos”. Este grupo deu origem a outro denominado Balões do Presidente, hoje extinto.
Então formaram o Bloco do Colincas e passaram a fazer um carnaval de rua divertido e jovem com a presença feminina. Com fantasia nas cores preta e amarela, o bloco era formado por 35 pares de jovens (homens e mulheres). Como era costume na época, visitavam as residências das autoridades políticas do município, familiares e amigos dos brincantes. A concentração era na palhoça do Colincas, na Rua Otávio Felício de Souza, e dali invadiam as ruas da cidade.
A energia dos jovens foliões não se restringia às ruas da cidade. À noite eles incorporavam a versão bloco de clube e, com seu charme e esplendor, invadiam o salão do Clube Recreativo Cascavelense-CRC.
Esta versão bloco de clube permanece até os dias de hoje, presença marcante no Carnaval da Saudade do CRC, tradicional festa pré-carnavalesca. Este grupo deu origem a outro, denominado Balões do Presidente (fonte: Jubileu de Ouro do Colincas – no prelo).
Bloco Balões do Presidente
Em 1976 surge em Cascavel mais um cordão carnavalesco cuja denominação, Balões do Presidente, trazia uma crítica aos “balões” dados pelo presidente no povo brasileiro. Seus componentes trajavam vestes de palhaços e portavam apitos, tocando surdos, apitando e dançando ao desfilarem pelas ruas satirizando o momento político vivido, na época, em nosso país, fruto das ações governamentais malsucedidas que traziam sofrimento e mal-estar para a população brasileira. Os Balões do Presidente, também, marcou história, deixou seu nome cravado nos acontecimentos festivos dos períodos carnavalescos de Cascavel. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Bloco do Galo
O bloco carnavalesco “Bloco do Galo” foi criado no ano de 2011 e tinha como presidente da agremiação Raimundo das Neves Germano, o Saci, como é popularmente conhecido. Durante o dia, antecedendo sua exibição, o bloco se concentrava na Rua José Anacleto nº 1697, local que servia de sede da agremiação. Participaram, ainda, da diretoria da agremiação Maria Nadir Batista Monteiro, vice-presidente, Erick Germano Monteiro, fiscal, Raíza Germano Monteiro, relações públicas, Maria Matilde Pereira de Lima, 2ª fiscal. Com essa coordenação a agremiação do Bloco do Galo, desenvolveu um trabalho que proporcionou alegria e animação durante os festejos carnavalescos em nossa cidade de Cascavel, levando aos foliões e visitantes muito entretenimento e diversão.
Como todo bloco carnavalesco, o Bloco do Galo apresentava em seus desfiles o seu majestoso estandarte representativo da agremiação, contendo em suas laterais fitas que, ao se movimentarem com o vento, representavam a alegria e a agitação de seus integrantes, característicos do bloco e dessa festa contagiante que é o carnaval. Desse modo, o Bloco Galo dava seu recado festivo dizendo para que veio, movimentado o período momino em Cascavel e enriquecendo com sua alegria os diversos foliões e apreciadores do carnaval de rua de nossa querida cidade. Sem dúvida, um dos mais seguidos blocos pelas multidões que nas ruas esperavam sua exibição.
A participação desse bloco no carnaval de rua de Cascavel foi curta, uma vez que desfilou até o ano de 2013. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Bloco Meu Xamego
Em 1997, Cascavel ganhou, para alegria dos foliões de nossa cidade, mais um bloco que prometia animar, ainda mais, o período carnavalesco, já tão agitado e efervescente de nosso município. Chegava para animar o bloco Meu Xamego. O idealizador desse grupo, Paulinho Promoções, como é conhecido por todos, arregimentou a moçada com o intuito de enriquecer, ainda mais, nossa folia momina. Com o lema xamegando com você, o bloco Meu Xamego teve uma participação de poucos anos de atuação, no entanto contribuiu com a alegria e a animação do carnaval de Cascavel. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Adeptos de Faraó
Em 1978, surge, também em Cascavel, o bloco carnavalesco Adeptos de Faraó. Esse ano o município cascavelense tinha a sua alegria sacudida por dois blocos carnavalescos, uma vez que o cordão momino Invasores do Harém e Adeptos de Faraó foram criados no mesmo ano para a alegria de nossos foliões e amantes do carnaval de rua. Assim, a diversão estava mais do que garantida não faltando opção para o ingresso em um desses blocos que se apresentavam como produtores da alegria contagiante do carnaval de rua dessa tão amada cidade cascavelense do Ceará. Adeptos de Faraó era um cordão carnavalesco simpático, alegre e gostoso de se brincar, pois trazia o belo atrativo de suas fantasias e foliões extrovertidos.
Bloco das Peruas
Arrastando multidões pelas ruas de Cascavel, acompanhadas pelo ritmo frenético de sua música, escrita e executada por Cláudio e Betânia, nasceu no ano de 1991, o Bloco das Peruas. A animação contagiante lançada do alto de um trio elétrico onde podia se ver os músicos e vocalistas que enfureciam, alegremente, uma enorme quantidade de pessoas que dançavam, cantavam e se divertiam intensamente. Esse cordão carnavalesco, sem sombra de dúvidas contagiou e empolgou a todos de maneira envolvente. Uma grande quantidade de homens vestidos com roupas femininas e uma outra quantidade masculina com vestes de noiva chamava os foliões para o centro da festa e da folia. Foi assim que o Bloco das Peruas se apresentou pelas ruas e avenidas de nossa cidade. Ao final do percurso era feita uma parada na praça principal da folia cascavelense, a de São Francisco, palco do evento noturno que reunia, logo cedo da tarde, todos os foliões que se esbaldavam ao som de várias bandas num show promovida pela prefeitura de Cascavel. O Bloco das Peruas era a atração que não se podia perder no carnaval de rua da cidade. Para tanto as pessoas, se dirigiam para as ruas do Centro do município para, assim, se divertir e curtir o espetáculo mostrado pelas noivas peruas que se alegravam e animavam aquele cordão carnavalesco tão diferente, tão exótico e tão querido.
Do primeiro ano, 1991, até 1994, o Bloco das Peruas era basicamente a batucada, acompanhada dos foliões e componentes do Grupo Estrela do Oriente, saindo às ruas somente nas segundas-feiras, uma vez que nos outros dias, domingo e terça, a turma tinha um compromisso maior com a escola de samba Estrela do Oriente, já que os organizadores, tanto do bloco como da escola, eram os mesmos. Na organização dessa folia momina merece destaque o trabalho colaborativo de Cláudio Lemos, Edson da Farmácia, Aécio, Mavi, Océlio e Maurício contador. Esse cordão carnavalesco, até os dias de hoje, anima e movimenta o carnaval de rua de Cascavel. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Bloco Turma da Pilantragem
Em 1970, movidos pela alegria contagiante do espírito carnavalesco, tem lugar no palco da folia o cordão momino Turma da Pilantragem. Seus foliões exalavam alegria e diversão, desfilando pelas ruas de nossa Cascavel. Era o início da década de setenta e cordões carnavalescos não existiam, ainda em nosso município, o que fez o bloco Turma da Pilantragem merecer certo destaque ao se apresentar brincando pelas ruas de nossa cidade, contagiando a todos quantos o vissem em seu desfile festivo e alegre, exibindo suas fantasias e indumentárias carnavalescas, mostrando a todos o brilhantismo de sua alegria e exuberância. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Bloco Galera do Mal
Em 1991, mais precisamente no dia 8 de fevereiro, nascia o bloco carnavalesco Galera do Mal que tinha a frente o presidente do grupo José Gomes de Oliveira, conhecido popularmente por Gibel. Esse grupo recreativo e, também, filantrópico tinha como filosofia o lema “um jeito estranho de fazer o bem”. Durante o período momino, esse cordão carnavalesco se apresentava animando e contagiando o carnaval de rua de nossa cidade. Muitos eram os participantes do bloco, merecendo destaque os componentes Ocilene Pacheco, Eugênia Rebouças, Ednildo Holanda, Terezinha Mendonça, Edna Gadelha e Francisco Rodrigues. Foi um bloco carnavalesco que animou o nosso carnaval de rua, animando com suas brincadeiras, sobretudo as animações do Gibel. Para a tristeza dos foliões e amantes dos festejos carnavalescos, também, não existe mais, causando, a exemplo de outros, uma lacuna nessa festividade popular. Em relação ao trabalho filantrópico do grupo, destaca-se a distribuição de cestas básicas que seus integrantes faziam entre as pessoas mais carentes, uma ação colaborativa muito forte desenvolvida com frequência. Essa foi a participação do bloco de cordão “Galera do Mal” que fez história e assinalou sua passagem no carnaval de rua de Cascavel. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Bloco Os Trogloditas
Tendo à frente o entusiasta Francisco Jovam Sousa como um dos criadores, assumindo em seguida a liderança do grupo, o bloco de cordão Os trogloditas teve uma participação empolgante e super agitada na história do carnaval de rua de Cascavel. Assim, em 1996, nascia e animava, pela primeira vez, o carnaval de rua de nossa cidade esse bloco que foi um sucesso, arregimentando uma expressiva quantidade de jovens que participaram, animando e causando a efervescente e contagiante alegria do nosso período momino em Cascavel. Os foliões e visitantes de nossa cidade, envolvidos e contagiados pela alegria do bloco, cantavam e dançavam ao som das melodias músicas, marchinhas e frevos carnavalescos. O bloco Os Trogloditas fez história no carnaval de rua de Cascavel durante 10 anos. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura). (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Escola de samba Alto do Rio Novo
A comunidade do Rio Novo durante alguns anos escreveu sua história nas páginas da avenida carnavalesca de nossa cidade. Tanto foi assim que no ano de 1970 aquela comunidade inaugurava em Cascavel a produção carnavalesca do quesito escola de samba. Era o primeiro ano de uma aventura desafiadora que exigia dos brincantes doação, trabalho e muito boa vontade para a realização de colocar na avenida a escola de Samba Alto do Rio Novo. Para isso a comunidade se empenhou e levou para a avenida o desfile de sua agremiação carnavalesca. O período vivido era de dificuldades financeiras. O país passava por muitas intempéries econômicas que dificultavam a execução de projetos culturais de qualquer que fosse a envergadura em situações peculiares como era o caso de pequenos sonhos como, por exemplo, colocar uma escola de samba na avenida e mostrar o show cultural a altura do que o nosso povo merecia, ainda mais no caso específico de comunidade do interior e sem tantas condições ou poder aquisitivo favorável. Ainda assim, os desafios iniciais foram superados e a comunidade do Rio Novo colocou a escola de samba na avenida, apresentando, na época, um belo desfile para a alegria e contentamento dos foliões e visitante de Cascavel. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Escola de samba Estrela do Oriente
A Escola de Samba Estrela do Oriente, através de seu carnavalesco e seus componentes, mostraram aos cascavelenses e visitantes a magia poética da alegria contagiante do samba-enredo e do maravilhoso desfile que apresentou em nossa cidade de Cascavel. A beleza das fantasias, maravilhosas, exibidas por meio de suas cores, plumas e paetês, o fixado olhar de admiração dos magníficos carros alegóricos dentro de um conjunto de admiráveis passistas com samba no pé, emoldurado pelo brilho de contentamento e quase êxtase de felicidades das pessoas que aplaudiam o desfile das escolas de samba em Cascavel, fizeram dos nossos carnavais de rua um espetáculo à parte.
E a agremiação Estrela do Oriente muito contribuiu para a existência dessa gostosa agitação e frenesi. Durante três anos, vivemos o espetáculo do desfile carnavalesco dessa escola de samba que indiscutivelmente vem deixando saudades nos moradores e visitantes de nossa cidade de Cascavel. Além da lacuna que ficou aberta, e ainda sem perspectiva de preenchimento, na passarela do samba e no coração, de seus componentes da Bessalândia que outrora tinha um animado e uma belíssima escola de samba. Dizer da importância que foi essa agremiação no conjunto global das manifestações carnavalescas e culturais de nosso município se faz desnecessário, uma vez que a Estrela do Oriente contribuía para que jorrasse em nossa cidade uma explosão de produções artísticas, dado o acirramento saudável e salutarmente competitivo, quando dos desfiles em busca da conquista do título.
No ano de 1994, essa agremiação fez seu último desfile no carnaval de rua de Cascavel. O trabalho árduo e incansável de todos os componentes da escola, sobretudo o de sua diretoria, representada por Cláudio Lemos, Edson da farmácia, Mavi, Aécio, Océlio e Maurício contador, foi vencido por uma série de dificuldade, sobretudo a financeira, fazendo com que essa agremiação deixasse uma lacuna no carnaval de rua e nas avenidas e ruas de nossa cidade. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Escola de samba Unidos do Rio Novo
Tendo como organizador Edson Alves de Lima, dentre tantos outros da comunidade do Rio Novo, essa agremiação carnavalesca muito empolgou e movimentou o carnaval de rua de Cascavel, que nos anos de 1982 era, ainda, tímido, uma vez que desfilavam, apenas duas escolas de samba em nossa cidade, fazendo acontecer aqueles momentos iniciais de agitação e efervescência do período carnavalesco de nosso município. A escola de samba Unidos do Rio Novo realizou, com muita dificuldade, suas apresentações carnavalescas, dadas as dificuldades, sobretudo, financeiras daquela época, uma vez que os recursos eram parcos e esse evento cultural popular requer uma quantia financeira razoável que venha a cobrir todos os custos desse ambicioso projeto que é colocar uma escola de samba na avenida. Essa sempre foi a dificuldade incipiente de toda e qualquer ação cultural desse porte. Ainda assim, sobrepujando os obstáculos, que não foram poucos a Unidos do Rio Novo realizou o seu desfile carnavalesco, enchendo as ruas e avenidas de nossa querida Cascavel, arrancando aplausos e contagiando as multidões que ficavam a espera da apresentação do show espetacular da escola de samba. Em 1986, essa agremiação carnavalesca passou a deixar saudade, ficando uma lacuna no palco da avenida, empobrecendo o cenário momino que essa escola de samba tanto alegrou e no qual tantos espetáculos exibiu, mostrando a beleza das coloridas e exuberantes fantasias carnavalescas e seus adereços mominos. A comunidade do Rio Novo, sem dúvida alguma, é uma das pioneiras no desenvolvimento dessa cultura carnavalesca que até hoje, com o aparecimento de outras agremiações, movimenta e aquece a euforia do carnaval de rua de nossa cidade.
A consagração e o reconhecimento de tudo quanto foi executado e do trabalho realizado para colocar a escola de samba nas ruas e avenidas para a exibição do belo desfile dessa agremiação carnavalesca só aconteceu no ano de 1988, quando foi conquistado o título de campeã. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Escola de samba Alto Luminoso
A escola de samba Alto Luminoso, que tinha a frente José Augustinho Filho, conhecido como Queca, compositor dos sambas enredo e puxador da agremiação, marcou presença no carnaval de rua de Cascavel durante seis anos. Sua primeira exibição no desfile carnavalesco de nossa cidade ocorreu no ano de 1986. Tanto os ensaios como a confecção das fantasias aconteciam no Clube do Chico Cazuza, lugar de apoio da escola onde também, funcionava o barracão da escola de samba. Em seu show de exibição pelas ruas e avenidas de nossa cidade essa agremiação carnavalesca, representada por Francisco Crisma-Cleiton e Aldeíde, filha do Queca, última dupla de mestre-sala e porta-bandeira da escola, muito alegrou o período carnavalesco de nossa Cascavel.
Igual brilho, encanto e alegria mostraram, na passarela do samba, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola, Cheiroso e Siderneia, arrancando aplausos e enaltecendo a escola de samba Alto Luminoso que ia, por onde passava, encantando e animando a todos os foliões.
Em 1992, essa agremiação carnavalesca realizou, para a tristeza do carnaval de rua de Cascavel, seu último desfile. Entre os temas abordados destacam-se a política, a escravidão e o menor abandonado que faziam parte da letra dos sambas enredos cujo compositor era o Queca, puxador da escola.
Em 1998 a escola de samba Alto Luminoso e a agremiação carnavalesca Rio Novo juntaram-se, formando, dessa união, a escola Unidos do Rio Novo, passando a realizar um só desfile carnavalesco no carnaval de rua de Cascavel.
Dona Raimunda, conhecida popularmente no Alto Luminoso como Fifia, esposa do Queca, também era grande apoiadora da cultura carnavalesca de nossa cidade, uma vez que ajudava seus esposo nessa atividade cultural do qual seu marido participava e nele trabalhava, enaltecendo e dando brilhantismo ao carnaval de rua de nosso município de Cascavel no Ceará. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Escola de samba Bagaceira
Ao longo de trinta e quatro anos de existência a agremiação carnavalesca Bagaceira proporcionou ao público cascavelense alegria, animação e espetáculo artístico, através de seus estonteantes desfiles pelas ruas e avenidas de Cascavel. Foram momentos memoráveis de pura euforia e contentamento quando, na passarela em exibição surgia a escola de samba Bagaceira. Nas ruas e avenidas, a multidão se apertava em busca de uma melhor visualização do desfile. O movimento era intenso por ocasião dos desfiles carnavalescos e a aglomeração dos foliões e visitantes tornava o espaço pequeno para os passistas da escola bagaceirense que davam um show de apresentação por ocasião de sua exibição.
Assim foram os desfiles da escola de samba Bagaceira durante todo os anos em que a agremiação participou do carnaval de rua de Cascavel. Ao longo de todos esses anos, a Bagaceira sempre buscou promover o entretenimento e algumas ações de cunho social sempre voltadas para a comunidade cascavelense, engrandecendo, assim, o fazer filantrópico e cultural de nossa cidade. A agremiação bagaceirense construiu uma história de vida enraizada no seio cascavelense, uma história da qual todo cidadão cascavelense faz parte porque dela participou, vivenciou e ajudou a construir, tornando possível realizar tantos feitos sociais e culturais.
Inscrita no CNPJ 01.132.871/0001-21, atualmente constituída como Associação Comunitária e Cultural Bagaceira, essa agremiação carnavalesca tem como objetivo tornar-se escola de arte e música, objetivando oportunizar aos jovens e adolescentes um aprendizado cultural que, posteriormente, contribua para o desenvolvimento da juventude de nossa cidade. Essa é a proposta e intenção dessa Associação que há 34 anos vem desenvolvendo ações culturais e sociais no município de Cascavel. Desse modo, a Bagaceira vem se solidificando com suas ações, buscando parcerias com os mais variados setores públicos e privados, bem como, e principalmente, nas instâncias federal, estadual e municipal. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
Escola de samba Mulambos da Paixão
O envolvimento cultural e a paixão pelos movimentos juninos e carnavalescos, entre outros entrelançamentos culturais, advindos de um amor naturalmente desenvolvido na pessoa desse artista nato, fazem dele um protagonista da cultura e das artes, que sempre tiveram um toque de sua personalidade, quer dos projetos dos quais ele está a frente quer dos que ele participe. João Batista, artista da cultura cascavelense, desenvolve um belíssimo trabalho cultural e artístico em nossa cidade. No ano de 2013, colocou, com a ajuda de alguns amigos, merecendo destaque nessa empreitada, sua equipe de trabalho que ajudou a confeccionar as fantasias, a escola de samba Mulambos da Paixão, na avenida, para realizar um espetacular desfile carnavalesco que não ficou apagado da memória de nenhum cascavelense ou visitante que tenha assistido e presenciado aquele magnífico espetáculo e show cultural, sendo ele, João Batista o idealizador e artista que esteve a frente daquela agremiação carnavalesca que chamou a atenção de todos pela criatividade, luxo, beleza e traços artísticos esboçados no conjunto total da escola de samba. Com uma riqueza de detalhe, brilho, elegância e luxo, as fantasias e adereços carnavalescos expressam o quão caprichoso e criativo esse artista é. Foi um dos mais lindos desfiles de escola de samba que Cascavel já viu. As alegorias exibidas ao longo da escola de samba, e os carros alegóricos nos transportavam para o imaginário das riquíssimas escolas de samba do Rio de Janeiro. Realmente de tirar o chapéu. Para a alegria dos foliões cascavelenses, moradores e visitantes, a escola de samba Mulambos da Paixão desfilou nos anos de 2013 a 2015, apresentando muita arte, brilho e empolgação, numa demonstração de muita criatividade, arte e alegria.
É importante ressaltar que, inicialmente, as ruas e avenidas de Cascavel conheceram primeiro nos seus desfiles carnavalescos o bloco Mulambos da Paixão que exibiu suas fantasias e adereços com muito brilho e arte nos anos de 2010 e 2011 e 2012. Sendo carnavalesco e artista da cultura cascavelense, João Batista, esse projeto teve início e ganhou direção que teve quando, em 2009, a Secretaria de cultura do município de Cascavel oportunizou uma oficina de artes plásticas, tendo a frente um condutor cujos traços artísticos eram mais voltados às artes e características de maracatu. Como produto dos oficineiros, algumas fanatasias carnavalescas foram confeccionadas, nascia, então o maracatu infantil, surgindo, através desse trabalho, a vontade de exibir nas ruas de Cascavel algo para o povo apreciar. Assim, em 2010, nascia o bloco Mulambos da Paixão que desfilou pelas ruas e avenidas de Cascavel por três anos consecutivos. A ideia da denominação do bloco de cordão teve início quando da fundação, em primeiro lugar, do grupo de teatro Bando Mulambos da Paixão, o que mais tarde, deu nome ao bloco e sem seguida nomeou a escola de samba (2013).
Durante os anos que exibiu, garbosamente, seu desfile carnavalesco pelas ruas e avenidas de Cascavel, a escola de Samba Mulambos da Paixão apresentou três temáticas distintas. Em 2013, o samba-enredo trouxe como tema a cidade de Cascavel-Ceará, abordando no ano seguinte, 2014, as manifestações populares. No último ano de desfile dessa agremiação carnavalesca (2015) o carnaval de rua de nossa cidade foi presenteado com a temática que abordou O AMOR, encerrando, assim, sua apresentação brilhante nessa festa maravilhosamente alegre e contagiante que é o carnaval. (Fonte: Cascavel – nosso povo, nossa cultura).
[Cascavel 300 anos]