O monumento ao Cristo Redentor que se levanta no cume da serra da Preaoca, a 140 metros de altitude, foi uma iniciativa de Luiz Gonzaga dos Santos.
A construção do monumento durou dois anos de trabalhos, tendo sido concluído nos últimos dias do mês de novembro de 1944.
Quem passa na estrada que liga Cascavel a Coluna, na BR-116, no lugar Preaoca, contempla a serra do mesmo nome, fica surpreso com a singeleza do monumento ao Cristo Redentor ali erigido, de braços abertos como que a lhe abençoar.
Os preparativos para a solenidade de inauguração do monumento aconteceram a partir do dia 14 de dezembro de 1944, com o início de um tríduo e uma animada quermesse na residência do idealizador do monumento, Luiz Gonzaga dos Santos, nos dias 14, 15 e 16, tudo sob as vistas do vigário de Cascavel, padre Antônio de Oliveira Nepomuceno (1906-1994).
Às 8h do dia 17 de dezembro de 1944, no lugarejo Preaoca, a Banda de Música iniciou a retreta acompanhada de foguetório enquanto vinham chegando as autoridades convidadas para o evento.
De Cascavel chegou um ônibus especial trazendo o vigário, acólitos, marianos e muitas outras pessoas da cidade. Vieram também outros ônibus de Aquiraz e Pacajus.
Precisamente às 8:30h, o padre Antônio iniciou a solenidade da bênção do monumento, seguida de missa campal aos pés do Cristo Redentor no cume da serra. Os cânticos da Santa Missa foram solenizados pela Schola Cantorum São Luiz, da Congregação dos Marianos da Matriz de Cascavel.
Na hora da elevação, a Banda de Música executou o Hino Nacional, emocionando muitas pessoas que à época tinham parentes lutando nas frentes de batalha na Europa.
No final da missa foi cantada “A Canção da América”. Do alto da serra, olhando-se para a estrada, viam-se grande quantidade de carros estacionados no acostamento.
Após a Missa, no pátio do sítio de Luiz Gonzaga, houve um animado leilão com muitas prendas, para encerrar com chave de ouro a festa solene de inauguração do Cristo Redentor.
Hoje, quem passa na rodagem, não mais vê o Cristo que está escondido sob as frondosas copas das árvores ribeirinhas à estrada.
[Fonte: Cascavel – retalhos de sua história]